sexta-feira, 12 de abril de 2013

Internação compulsória seria um retrocesso imenso nas políticas públicas de drogas


Atualmente se discute bastante no Brasil, a autoritária e retrógrada lei que prevê internação compulsória para usuários de drogas. Esta proposta, faz com que novamente as autoridades estejam olhando a questão do lado errado, querendo tomar medidas que há décadas vem sendo fracassadas, lutando novamente contra o bom senso da redução de danos. Além disso, a falha proposta na mudança da lei não define usuários e traficantes e nem discerne os usuários, já que não podemos tratar da mesma forma usuários de maconha, crack, cocaína, entre outras drogas.

A matéria ainda vai tramitar nas comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O texto aprovado, em forma de substitutivo da relatora ao projeto de lei original – PLS 111/2010 – prevê que o juiz, com base em um laudo emitido por comissão técnica, poderá encaminhar os dependentes químicos e traficantes viciados em drogas para tratamento especializado e, se necessário, à internação compulsória.

A comissão técnica que avalizará a necessidade de tratamento aos dependentes químicos será composta por três profissionais de saúde especializados em tratamento de dependência química. Pelo menos um deles tem que ser médico, segundo estabelece a proposta.

O projeto de lei não foi consenso na CDH. O senador Humberto Costa (PT-PE) é contrário a alguns pontos do parecer da relatora e disse que vai trabalhar para viabilizar uma proposta alternativa. “Estamos correndo o risco de voltar ao apenamento do usuário. Um dos avanços mais fortes da Lei de Drogas [Lei 11.343/2006] foi a retirada do apenamento”, disse o parlamentar, que foi ministro da Saúde no governo Lula.

O parlamentar disse ainda que a internação compulsória de dependentes químicos não é necessária e, tampouco, é o único instrumento para tratar as pessoas afetadas pelo consumo de drogas. No entender de Humberto Costa, é necessário separar o dependente químico do traficante.
“Muitos estudos têm mostrado que o crack não é a droga mais nociva que outras. O que se questiona é se, quando se retira os usuários de droga das ruas, estamos dando assistência de saúde ou apenas retirando das vistas da população aquele cenário dantesco?”, perguntou o senador.

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