Na semana passada, Renato Cinco, militante socialista e
ativista da Marcha da Maconha, foi eleito vereador no Rio de Janeiro. Este não
é o único caso no Brasil. Já existe uma tendência de vereadores ou candidatos a
vereadores apoiarem a legalização da maconha, mostrando que a perspectiva da
não criminalização é a mais sensata a se fazer, quando se fala em drogas
entorpecentes.
O argumento mais popular a favor da legalização da maconha
de que os políticos fazem uso é que este não é só assunto dos consumidores. Ela
deverá ser descriminalizada para combater ao sistema de violência e de corrupção,
que sem nenhuma dúvida se beneficia da proibição da maconha e de outras drogas
ilícitas.
“Não existe guerra às drogas, o que existe é uma guerra aos
pobres disfarçada de guerra às drogas. A proibição provoca efeitos colaterais
muito mais graves do que o uso das drogas. Provoca violência: a da disputa
entre as quadrilhas pelo controle do mercado de drogas e a do Estado contra
essas organizações.
Também provoca corrupção: em nenhum lugar do mundo é
possível que exista tráfico de drogas sem envolver corrupção das autoridades
responsáveis por combatê-lo”, disse o vereador Renato Cinco na entrevista ao
jornal eletrônico Diário Liberdade.
O vereador de uma cidade no Extremo Sul da Bahia - Medeiros
Neto - disse quase a mesma coisa ao jornal eletrônico Radar64:
“Tenho 37 anos e fumo há mais de 20. Usuário não é
criminoso, o Estado poderia estar ganhando ao legalizar a maconha, que é muito
menos prejudicial que outras drogas, inclusive o cigarro. Ao ser usuário, sei
que meu dinheiro está indo para traficantes, mas queria que estivesse indo para
o Estado, que poderia reverter a verba em investimentos sociais em diversas
áreas e combateria o tráfico”.
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