Inicialmente, quero agradecer o voto de confiança depositado
no sossego da urna para quem apertou 13420, depois confirmando e apertando o
verde de novo. As 1823 pessoas que participaram desta mobilização fizeram uma
campanha limpa, sem panfleto, placa, carro de som, sem desrespeitar a
consciência de quem iria votar.
Fizemos, fazemos e faremos política da mesma forma como foi
feita a campanha e gostaríamos de mostrar muito mais na Câmara dos Vereadores,
mas isso não será possível, já que não estamos entre os 51 eleitos. Bastariam
12200 votos e teríamos vencido a eleição. Sem qualquer tipo de poluição e
apostando nas redes sociais, compartilhamos nossos vídeos em 180 mil
visualizações. Colocamos o nosso cartum três vezes no jornal Meia Hora e uma
vez no jornal Metro. Outra propaganda foi colocada no O GLOBO uma vez.
Acreditamos que assim chegamos a milhares de pessoas que têm relação com a
planta com fins diversos, além dos simpatizantes da causa.
Milhares de pessoas viram nossa campanha, ouviram nossas
mensagens e leram nossos textos, além do número, que foi um código da maconha.
Ouvimos diversas razões que fizeram com que não apertassem 13420 e uma delas
era de que um vereador não teria competência para legislar sobre maconha. Mas a
campanha esclareceu esta questão apontando as possíveis contribuições no
debate, tendo apresentado vídeos com outras propostas, como a defesa das
políticas sociais, o Brasil sem miséria, dentre outras. Postamos vídeos sobre
banda larga pública, gratuita e universal, saneamento básico para todos,
regularização fundiária em todas as comunidades.
Concretamente, de fato, não se pode legislar sobre a planta
no âmbito municipal. No mesmo dia da eleição, mais um plantador foi preso em
Brasília, como estão outros plantadores encarcerados por todo o país. Daí,
começamos a pensar, com alguns amigos, na esfera federal, com uma campanha
nacional pela legalização da plantação de maconha para uso próprio. Onde a
tribuna nacional possa ser ocupada para denunciar as prisões dos plantadores
por todo o Brasil, além de se criar uma estrutura jurídica para recorrer às
cortes superioras em relação a todas essas abusivas e absurdas prisões de
plantadores em todo o Brasil. Lutar pela legalização da maconha para todos os
fins, inclusive como importante instrumento de reflexão, favorecendo a crítica
de toda uma subjetividade competitiva neoliberal. A conclusão é que a melhor
candidatura é para deputado federal.
Valeu a força, vamos que vamos, sempre juntos e abraço muito
bem apertado!
ANDRÉ BARROS, advogado da Marcha da Maconha
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FONTE: http://maconhadalata.blogspot.com
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