sábado, 30 de junho de 2012

Defensoria Pública do estado de São Paulo abriu um procedimento para apurar abusos da PM em manifestações sociais


A Defensoria Pública do estado de São Paulo abriu um procedimento para apurar eventuais abusos repressivos da Polícia Militar em manifestações ocorridas na capital em 2011. Ainda em fase inicial de levantamento de informações e depoimentos, o órgão está recolhendo denúncias de pessoas que afirmam ter sofrido agressões de agentes da segurança pública em manifestações políticas reivindicatórias, como no caso da Marcha da Maconha e contra as manifestações do passe livre.

Movimentos organizados como o Movimento pelo Passe Livre e o grupo Armas Menos Letais estão impulsionando uma campanha para que ativistas vitimados pela Polícia Militar denunciem os abusos. O grupo Armas Menos Letais disponibilizou também um e-mail para que os agredidos enviem a denúncia  à organização, que repassará à Defensoria.

Conforme informa a assessoria de imprensa do órgão, depois de recebidas as denúncias, “os defensores públicos irão avaliar eventuais medidas cabíveis”.

No início do ano passado, protestos contra o aumento da tarifa dos ônibus municipais em São Paulo foram fortemente reprimidos.

Em duas oportunidades, o centro da capital foi tomado por bombas de gás de efeito moral e balas de borracha disparadas por policiais contra os manifestantes.

De acordo com convite divulgado pelo grupo Armas Menos Letais na rede social Facebook, manifestantes agredidos moral ou fisicamente ou que testemunharam agressões podem enviar um relato descrevendo o ocorrido (confira o convite aqui). Além da repressão às manifestações contra o aumento da tarifa, o ano passado a Polícia Militar também reprimiu, com severidade, os manifestantes da Marcha da Maconha em 21 de maio e a desocupação da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) em 8 de novembro. A violência também foi registrada em fotos e vídeos.

“A gente está apoiando essa ação da Defensoria e divulgando para quem participou de manifestações ao longo de 2011 para escrever um depoimento, e sinalizar se ficou alguma marca ou lesão dessa repressão. É preciso denunciar pois a repressão da Polícia limita a nossa liberdade de manifestação. Limita também o questionamento da política que é implementada em São Paulo”, pontua Nina, do Movimento passe livre.

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